Labirinto
António Frias Marques
22-Nov-2012
O ambiente geral do País permite e é um convite para ser indigno: promessas
eleitorais não cumpridas, ordenados e reformas milionárias de uns quantos ungidos por Creso; enquanto a maioria definha num mero ritual
de sobrevivência e a quem é infligida uma tortura sádica.
Tudo se destruiu, se vendeu a patacos ou foi roubado!
Resta a
humilhação de tal se ter permitido e a pobreza a que conduziram a Nação.
Os impostos sobre o património de quem poupou, aumentam
de forma assustadora e a única certeza, a seguir ao agravamento, é vir ainda mais agravamento numa cornucópia de sucção tributária
sem fim deste prolongado penar.
Há quem esteja ensaiando testes laboratoriais que venham a definir o limite da resistência aos
sacrifícios, mas a ANP não aceita que os proprietários portugueses possam ser considerados os campeões da resignação: pacientes, complacentes
e passivos; em suma: seres amestrados e amorfos!
Há forças políticas com vontade de que os proprietários e senhorios sejam o
“pato” destinado a ser comido na travessa dos impostos: IMI e IRS.
As Câmaras não querem pagar ao Estado Central 5 % da receita
total do IMI, para cobrir as despesas com a avaliação geral do património urbano, mas acham “natural” cumprir a ameaça de cobrar IMI
a triplicar aos pobres dos senhorios que, por manifesto excesso de construção e de oferta, por muito que se esforcem, não conseguem
arrendar as suas casas! E preparam-se para “rapar” as economias dos proprietários, que viram os seus imóveis avaliados para um patamar
muito acima do potencial valor de transação.
Qual é o limite para o nível máximo de impostos?
Não há limites?! A Constituição
não fala nisso?!
É até rebentar?
A Nação tem de se organizar e voltar a produzir; na agricultura, na pesca, nas minas e
nas indústrias, encontrando no trabalho orientado, qual candeia de Diógenes, a saída deste escuro labirinto de falências, insolvências,
desemprego, salários em atraso e incumprimento generalizado.
Mais de metade do rendimento destina-se a saciar a voracidade fiscal;
tendo direito a “nada”! O manter desta situação, leva-nos a todos – ricos, pobres e remediados – direitinhos ao precipício. E desta
vez não escapa ninguém!
“Fracos chefes fazem fraca a forte gente”
FIM